Agora o elefante é verde
Lei sancionada e o Sport Clube Gaúcho assume o Teixeirinha
Créditos: LC Schneider/ON
Goteiras na
arquibancada
Na manhã de quarta-feira, o prefeito
de Passo Fundo, Luciano Azevedo, assinou lei autorizando a concessão de uso do
Ginásio Vitor Matheus Teixeira ao Sport Clube Gaúcho. Enfim, o Teixeirinha é do
Gaúcho. Falta apenas o último degrau burocrático, pois o clube tem prazo de 30
dias para detalhar como será a revitalização do local. De acordo com os
primeiros levantamentos, o Gaúcho deverá investir mais de R$ 2 milhões.
As
melhorias devem estar concluídas em 24 meses e a concessão de uso é por 20
anos. Na assinatura, o prefeito Luciano Azevedo esteve acompanhado de
secretários municipais. O Gaúcho foi representado pelo presidente Gilmar Rosso,
dirigentes e ex-jogadores do clube. Antes, a medida passou por análise na
prefeitura, obteve o aval do Conselho de Desenvolvimento Social e aprovação da
Câmara de Vereadores.
O elefante
branco
O conhecido Ginásio Teixeirinha tem
uma história com polêmicas proporcionais a sua própria imensidão. Concebido
ainda nos anos 1990, sua construção atravessou três administrações municipais.
Somente foi inaugurado em 22 de dezembro de 2004. Depois, com pouco uso e o
registro de falhas ou problemas no prédio, passou à condição de “elefante
branco”.
Em 2013 foi interditado pela Prefeitura de Passo Fundo e, mais tarde,
colocado para concessão de uso público através de edital.
O Sport Clube Gaúcho
surgiu como único candidato para assumir o prédio. Isso, claro, pelo fato de
estar construindo a sua nova casa, a Arena Wolmar Salton, exatamente nos fundos
no Teixeirinha.
“Não ganhamos nada, apenas nos habilitamos dentro da lei das
concessões”, deixa claro o presidente do Gaúcho.
O elefante
verde
“A reforma começa pelo telhado”, diz
o presidente Gilmar Rosso. A proposta é garantir condições de trabalho em dias
de chuva. Em dois pontos o telhado está danificado e necessita uma reforma e
novas folhas para cobertura. “Tem ainda algumas goteiras, em torno de oito
pontos, que também vamos arrumar”. Ontem à tarde, durante a chuva, foi fácil
identificar esses problemas. Além das pequenas goteiras nas arquibancadas, há
um buraco maior num canto do ginásio e outro um pouco menor na entrada. Depois
do telhado, o cronograma prevê a derrubada das paredes externas decorativas,
onde os tijolos a vista serão substituídos por uma cobertura em aluzinco.
A
reforma na parte elétrica certamente será a mais onerosa. Os cabos
subterrâneos, que ligavam a cabine de força ao ginásio, foram ‘cirurgicamente’
arrancados.
Há outros pontos depredados que também necessitam de reparos. E não
falta sujeira no cenário, onde por enquanto os artistas são apenas os
incontáveis cães que lá foram abandonados.
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