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quinta-feira, 26 de julho de 2012


Ética x Rivalidade: Seu time deve entregar o jogo?


De Vitor Birner

Entrega ou não?
“Obviamente, como não poderia ser diferente, os princípios éticos, morais e dos bons costumes se posicionam radicalmente contra qualquer iniciativa neste sentido (perder de propósito).
Todavia, melhor não tentar convencer alviverdes e tricolores de que os atletas de seus times devam suar a camisa, dar o sangue, se possível a vida, para tirar pontos de Cruzeiro e Fluminense.
Afinal de contas futebol vive de paixão e rivalidade, e sem estes combustíveis, certametne o esporte bretão perderia muito de sua graça.
Deste modo, atrapalhar um rival (mesmo que seja da maneira mais vergonhosa e não recomendável possível, apesar de totalmente imoral) pode ter sabor tão gostoso quanto o de uma conquista.
Encontrar um meio termo entre o saboroso prazer de ver um rival tropeçar (e perder um título por um mero detalhe), e os limites éticos não é tarefa fácil.
Tarefa esta que se torna praticamente impossível quando entram em cena os anseios e desejos de um torcedor apaixonado.
Quer uma prova disso?
Faça uma enquete com corintianos roxos (não precisam ser muitos) visando saber se eles ficaram muito tristes, arrasados, ou se quer apenas cabisbaixos mesmo, com a providencialíssima derrota para o Flamengo no Brasileirão do ano passado?
Não precisa nem contratar o IBOPE para encomendar a pesquisa, a resposta da maioria é prá lá de evidente.
Seria o fim da ética no esporte, ou mera questão passional?
Acredito que nem uma coisa,nem outra.
Talvez um meio termo.
Seja como for, uma coisa é certa, no duelo entre ética, e paixão e rivalidade à flor da pele, infelizmente para os moralistas (e sobretudo, para o bem do esporte), a razão nem sempre prevalecerá.
Melhor para os “antiéticos do bem” (permitam-me carinhosamente chamá-los assim), os torcedores perdidamente apaixonados por suas agremiações, que podem comemorar conquistas, mesmo na derrota”
Opinião
Entendo todos os argumentos do Almir. E não nego que a tentação de entregar a partida, em tais casos, é enorme.
Não adianta apelar para as leis do esporte, pois sem testemunhas é impossível provar a malandragem.
A questão é mesmo moral.
A batalha da felicidade contra a dignidade esportiva.
O que é pior: perder o campeonato ou a dignidade futebolística?
Eu perco o campeonato.

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