Jornal Diário da Manha
SEGURANÇA SERÁ O FOCO DO GAÚCHO NO TEIXEIRINHA
Autor: Cristian Puhl
A probabilidade de o Ginásio
Poliesportivo Vitor Matheus Teixeira, o Teixeirinha, ser reutilizado pela
comunidade ainda em 2014 parece ser praticamente nula, embora o Executivo
passo-fundense tenha convocado, na manhã desta quarta-feira (19), uma reunião
com a diretoria do Sport Club Gaúcho – único interessado, até o momento, em
administrar e recuperar o espaço – para estabelecer o prazo de 30 dias para a
apresentação de uma proposta concreta de gestão.
Interditado no primeiro semestre do ano
passado, o Teixeirinha vem sendo alvo de avaliações e fiscalizações constantes
em função dos problemas de infraestrutura que resultaram no fechamento do
espaço. Entregue para a comunidade no final de 2004, o Ginásio nunca chegou a
ser utilizado em sua totalidade.
Deficiências na estrutura do piso da quadra e
palco com infiltrações e irregularidades, cobertura com telhas inadequadas,
paredes com umidade, rachaduras e deslocamentos, além de arquibancadas com
falta de correções de nível foram alguns dos pontos observados pela equipe
técnica da Secretaria de Planejamento do Município, que decretou o fechamento
do local para não por em risco a segurança dos usuários e frequentadores.
Segurança, alias, é o que o presidente
do Sport Club, Gilmar Rosso, disse ser o foco principal da entidade caso o
clube assuma, efetivamente, a administração do Teixerinha. Ontem, Roso e o
engenheiro Civil, Jorge Rossato, conversaram com o prefeito, Luciano Azevedo; o
procurador Adjunto da Procuradoria-Geral do Município, Júlio César Severo da
Silva; e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Eduardo Lopes da
Silva; sobre a proposta anunciada em 2013 pelo Gaúcho. “Nós fizemos a proposta
em dezembro e o Executivo, nesta semana, se manifestou. Nossa intenção é fazer
um projeto que dê total segurança e conforto para a comunidade. Esta tem sido a
marca da nossa gestão: segurança. Não vamos tomar nenhuma medida que seja
contrária a isso”, apontou Rosso.
Viabilidade técnica-orçamentária
No final de 2013, Rosso e a direção do Gaúcho já haviam entregado à Municipalidade uma proposta em que o clube assumia a reforma da estrutura, com contrapartida da Prefeitura, que ficaria responsável pela melhoria do acesso e outras modificações pontuais no terreno. “Agora, o que o Executivo nos solicitou foi um projeto detalhado e segmentado, com informações mais profundas sobre os processos de investimento e gestão que seriam aplicados no Teixeirinha”, contou Rosso, afirmando que a oferta inicial da entidade não deve ser reformulada.
“A essência será a mesma, porque não
vamos refazer o que já propomos. Vamos, sim, detalhar e entregar ao Município
dados pormenorizados, com todas as questões técnicas e orçamentárias legais
para que, posteriormente, não ocorram infrações e apontamentos jurídicos”
O presidente do Gaúcho assegurou ainda
que se não houver acerto com relação ao tempo de reforma, o Gaúcho não deve
insistir no gerenciamento. “Dentro do que conversamos com o prefeito, não temos
a obrigação de assumir a gestão se não chegarmos a um consenso sobre o
cronograma de obras.
Nada será feito às pressas, pois isso pode colocar em
risco a segurança de quem for utilizar a estrutura do Teixeirinha e nós não
queremos desta forma. O Gaúcho não quer a responsabilidade de administrar um
espaço que trará insegurança para a comunidade”, declarou.
“Vai ser bom para a cidade e para o Gaúcho, mas é
preciso haver condições financeiras e de tempo para o projeto ser executado”.
Nos próximos dias, informou o presidente
do Sport Club, a diretoria do Gaúcho deve se reunir para iniciar o detalhamento
da proposição.
Sem recursos públicos
As tentativas do Município em reativar a
estrutura do Teixeirinha iniciaram em setembro, quando o Executivo decidiu
publicar um edital de Chamada Pública para convocar empresas a explorar a
concessão do Ginásio. No período em que o edital permaneceu aberto, apenas o
Gaúcho manifestou interesse.
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