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sexta-feira, 21 de março de 2014

SEGURANÇA....


Jornal Diário da Manha 

SEGURANÇA SERÁ O FOCO DO GAÚCHO NO TEIXEIRINHA 

Autor: Cristian Puhl

A probabilidade de o Ginásio Poliesportivo Vitor Matheus Teixeira, o Teixeirinha, ser reutilizado pela comunidade ainda em 2014 parece ser praticamente nula, embora o Executivo passo-fundense tenha convocado, na manhã desta quarta-feira (19), uma reunião com a diretoria do Sport Club Gaúcho – único interessado, até o momento, em administrar e recuperar o espaço – para estabelecer o prazo de 30 dias para a apresentação de uma proposta concreta de gestão.

Interditado no primeiro semestre do ano passado, o Teixeirinha vem sendo alvo de avaliações e fiscalizações constantes em função dos problemas de infraestrutura que resultaram no fechamento do espaço. Entregue para a comunidade no final de 2004, o Ginásio nunca chegou a ser utilizado em sua totalidade. 

Deficiências na estrutura do piso da quadra e palco com infiltrações e irregularidades, cobertura com telhas inadequadas, paredes com umidade, rachaduras e deslocamentos, além de arquibancadas com falta de correções de nível foram alguns dos pontos observados pela equipe técnica da Secretaria de Planejamento do Município, que decretou o fechamento do local para não por em risco a segurança dos usuários e frequentadores.

Segurança, alias, é o que o presidente do Sport Club, Gilmar Rosso, disse ser o foco principal da entidade caso o clube assuma, efetivamente, a administração do Teixerinha. Ontem, Roso e o engenheiro Civil, Jorge Rossato, conversaram com o prefeito, Luciano Azevedo; o procurador Adjunto da Procuradoria-Geral do Município, Júlio César Severo da Silva; e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Eduardo Lopes da Silva; sobre a proposta anunciada em 2013 pelo Gaúcho. “Nós fizemos a proposta em dezembro e o Executivo, nesta semana, se manifestou. Nossa intenção é fazer um projeto que dê total segurança e conforto para a comunidade. Esta tem sido a marca da nossa gestão: segurança. Não vamos tomar nenhuma medida que seja contrária a isso”, apontou Rosso.

Viabilidade técnica-orçamentária

Durante a reunião desta quarta-feira, o Executivo estabeleceu um período de 30 dias para que o Gaúcho oficialize e acene positivamente com o interesse de assumir a gerência do Teixeirinha. Entre as exigências da Administração Municipal está o detalhamento de um plano de investimento para a revitalização do espaço e do uso da estrutura, cuja quadra possui as medidas para sediar competições oficiais e também foi construída para receber shows musicais e apresentações artísticas. “O Gaúcho pode assumir o Ginásio Teixeirinha desde que faça o investimento necessário. Desta forma, podemos fazer a concessão”, afirmou o prefeito.


No final de 2013, Rosso e a direção do Gaúcho já haviam entregado à Municipalidade uma proposta em que o clube assumia a reforma da estrutura, com contrapartida da Prefeitura, que ficaria responsável pela melhoria do acesso e outras modificações pontuais no terreno. “Agora, o que o Executivo nos solicitou foi um projeto detalhado e segmentado, com informações mais profundas sobre os processos de investimento e gestão que seriam aplicados no Teixeirinha”, contou Rosso, afirmando que a oferta inicial da entidade não deve ser reformulada. 

“A essência será a mesma, porque não vamos refazer o que já propomos. Vamos, sim, detalhar e entregar ao Município dados pormenorizados, com todas as questões técnicas e orçamentárias legais para que, posteriormente, não ocorram infrações e apontamentos jurídicos”
O presidente do Gaúcho assegurou ainda que se não houver acerto com relação ao tempo de reforma, o Gaúcho não deve insistir no gerenciamento. “Dentro do que conversamos com o prefeito, não temos a obrigação de assumir a gestão se não chegarmos a um consenso sobre o cronograma de obras. 

Nada será feito às pressas, pois isso pode colocar em risco a segurança de quem for utilizar a estrutura do Teixeirinha e nós não queremos desta forma. O Gaúcho não quer a responsabilidade de administrar um espaço que trará insegurança para a comunidade”, declarou.

Além disso, ponderou Rosso, questões orçamentárias também devem ser levadas em consideração. “A diretoria e o conselho do Gaúcho vão deliberar se há, realmente, condições de arcarmos com a proposta, porque não somos inconsequentes de assumir um projeto sem condições de viabilizá-lo. A comunidade vai cobrar da gente depois”, argumentou, salientando que a devolução do Teixeirinha para a sociedade será importante para todos os segmentos. 

“Vai ser bom para a cidade e para o Gaúcho, mas é preciso haver condições financeiras e de tempo para o projeto ser executado”.

Nos próximos dias, informou o presidente do Sport Club, a diretoria do Gaúcho deve se reunir para iniciar o detalhamento da proposição.

Sem recursos públicos

Na primeira reunião ordinária do Conselhão – PF, ocorrida no sábado (15), os conselheiros orientaram o Executivo a não investir recursos públicos na reforma do Teixeirinha. Preliminarmente, avaliaram eles, seriam necessários cerca de R$ 8 milhões para revitalizar o espaço. “Nós preferimos não revelar valores, até porque ainda não há uma análise profunda de todas as questões”, disse Rosso.

As tentativas do Município em reativar a estrutura do Teixeirinha iniciaram em setembro, quando o Executivo decidiu publicar um edital de Chamada Pública para convocar empresas a explorar a concessão do Ginásio. No período em que o edital permaneceu aberto, apenas o Gaúcho manifestou interesse.

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