O verdadeiro imortal veste
verde e branco! (Parte I)
Caro amigo que assim como eu compartilha do PRAZER dessa DEMÊNCIA chamada futebol, convido você para fazer uma breve reflexão.
Pense no seguinte quadro: seu time
tem quase um século de vida, está às portas de uma competição que é
a ÚNICA que restou no seu calendário, o grupo de jogadores aptos a atuar é
formado por uma PIAZADA com pouca experiência, seu
ESTÁDIO está abandonado e pode ser penhorado a qualquer momento por
uma dívida gerada devido a uma tragédia e seu rival citadino acaba de ascender
para a competição MÁXIMA do estado.
Pois é, este era o cardápio INDIGESTO que era oferecido aos torcedores do Gaúcho pouco antes do início da SEGUNDA DIVISÃO do CHIMARRÃO 2012. Todavia, atuando contra todo e qualquer prognóstico, o Presidente do clube, Gilmar Rosso fez com que a participação do Gaúcho no mais NEBULOSO certame de nossa terra fosse assegurada.
Senão vejamos, sem
uma CANCHA para chamar de sua, os bravos alvi-verdes tiveram que se virar. Para
treinos, o time DE LOS PONTES, obteve permissão de utilizar os campo do
Seminário Nossa Senhora Aparecida. Já para as peleias, a torcida teve de
engolir o orgulho e jogar na casa do rival Passo Fundo, o Vermelhão da Serra.
No dia 5 de agosto,
contando com apenas 20 atletas no plantel e sem os reforços oriundos da Divisão
de Acesso, os passo-fundenses tiveram a primeira batalha contra o Nova Prata em
solo serrano. Aproveitando-se do BAFÃO de sua torcida, a ANP definiu o jogo em
dois tentos a zero, dando uma prévia das dificuldades que cercariam o time do
outrora imponente Volmar Salton.
Na segunda fecha,
já com o técnico Celso Freitas na casamata, um clássico da região contra o
Atlético de Carazinho. E após uma partida bastante pegada, tivemos um empate
por 1 a 1. Aí o goleiro Souza, os defensores Fortes e Marcelo, além do meia
André Tereza já começavam a se destacar.
Na outra semana, o Gaúcho
recebeu o Aimoré e não resistiu aos Índios Capilés, mesmo tendo
a estreia de Da Silva e Adriano. Chegou o quarto jogo alvi-verde na
CONTENDA segundina frente ao Igrejinha na terra do CHOPP de ITU. Já contando
com as presenças de William Castagnette, Jéferson e Paulo, o periquito fez sua
melhor partida até então, criando muitas oportunidades de gol. Porém, num dos
caprichos do futebol, levou um gol no primeiro tempo e só foi empatar aos 48′
da segunda etapa com gol do DEBUTANTE Jéferson.
Retornando ao BIG RED da Serra, o Garibaldi foi a nova pedra no sapato do time do massagista CHAPARINI, os guris da terra da CHAMPANHA atuaram como se estivessem entre parreiras serranas e sapecaram dois a zero no já ESQUÁLIDO escrete de Passo Fundo. Ao menos surgiu a notícia de uma parceria entre o clube e a UPF para realização de avaliações e treinos na área física e de controle na área fisiológica.
O segundo turno se iniciou e o Gaúcho ainda buscava
sua primeira vitória. A evolução do time era notável, mas a DANADA da
palavrinha que começa com V ainda não aparecia nos scoutsverdes. A abertura da segunda perna da
primeira fase traria um novo confronto contra o AGE, dessa vez no Alcides Santa
Rosa. Demonstrando conhecer até mesmo as ROSETAS do terreno, o Garibaldi
novamente fez o clube TEIXEIRINENSE padecer. Novo escore de 2 a 0 pró
CHAMPANHISTAS.
O cenário para a
sétima rodada era desolador, 2 pontos conquistados em 18 disputados e um jogo
contra uma gurizada PELEADORA como era a do time do Igrejinha. Mas,
demonstrando ser acima de tudo um clube TURRÃO e BAGUAL, o Periquito bateu o
time de CROUCH por 2 a 1, obtendo sua primeira vitória em casa e na competição,
tentos anotados por CASTAGNETTE e Da Silva.
Na oitava rodada, Aimoré e Gaúcho foram BRIGAR DE
FACA no Monumental do Cristo Rei. Apesar do Cacique da Taba, naquele momento
estar invicto e ainda ter saído ganhando logo no início do jogo, os herdeiros
do CLÃ Pontes não se entregaram. Deram um calor gigantesco no alvi-azul e
chegaram ao empate com gol de Léo, que sempre entrara nos segundos tempos para
fazer um SALSEIRO nas defesas adversárias. Leia um relato EMBASADO desse banzé aqui.
Na penúltima partida da primeira fase, o Gaúcho andou poucos quilômetros e foi até a terra de LEONEL DE MOURA BRIZOLA, enfrentar o belicoso plantel carazinhense. Lá, não tomaram conhecimento e com dois gols de Adriano bateu o Atlético por 2 a 0.
Sim, o impossível
tomava corpo, de já fadado a uma eliminação precoce, o time de Passo Fundo
ingressava na última rodada como candidato a uma das vagas para os mata-matas
da SEGUNDONA.
Para essa última
PASSAGEM da primeira fase, tínhamos o seguinte CAUSO: o Igrejinha era o quarto
colocado com 9 pontos e saldo -1, os passo-fundenses vinham com os mesmos 9
pontos e saldo -5. Além de ter que vencer o Nova Prata em casa, tirar a
diferença de gols, os comandados de Celso Freitas precisavam secar os
igrejinenses com olho mais GORDO do que BALEIA DOBRADA. O tricolor do Vale do
Paranhana mediria forças frente o Aimoré em solo leopoldense, no mesmo horário.
O ensolarado sábado
do dia 6 de outubro trouxe um jogo parelho e RENHIDO que resultou num 0 a 0
entre PONTEANOS e PRATENSES segurado bravamente pelo goleiro reserva TITI que
substituiu a altura o SÓLIDO Souza. Já pelas bandas do Rio dos Sinos, o Aimoré
colaborou e RELHOU o Igrejinha por 2 a 0, fazendo com que os 10 pontos obtidos
pelo Gaúcho fossem suficientes para garantir a quarta e última vaga do Grupo A.
Após a PUJANTE
arrancada na parte final da primeira fase do certame, o alvi-verde teria pela
frente o líder da Chave B que ostentava em seu cartel, a insígnia brilhante da
invencibilidade. Complicado né? Além do mais sem o MAQUINISTA da locomotiva da
terra de Teixeirinha. Sim, Celso Freitas recebeu uma boa proposta e saiu do
comando do time.
Mas isso e todo o restante de feitos
HERCÚELOS gauchistas são assunto para a segunda parte deste APANHADÃO da
campanha do Periquito.
As fotos são do
Diário da Manhã.
Continua…
Comendo uma bergamota ao som de
Gaúcho de Passo Fundo,
Natan Dalprá Rodrigues
todacancha@impedimento.org
1.
Franco Garibaldi diz:
Eu sou completamente suspeito, mas nunca engoli direito pontos corridos
e o escambau. O que chamam de “justo”, eu entendo como benéfico apenas a quem
tem mais grana e estrutura (pontos positivos que deveriam fazer diferença até
no formulismo, mas…).A trajetória do Gaúcho nessa terceirona é fantástica. Não
só (como se desse pra resumir num “só” tudo de ruim que aconteceu) pelo
ocorrido nos anos passados, mas na própria compet~ição. Um time que se
classifica na bacia das almas e, por isso, é obrigado a encarar clubes melhor
classificados que ele (e, consequentemente, melhores tecnicamente que ele).E,
ainda assim, vai lá e supera um a um e chega ao objetivo, antes apenas sonhado.
Deixa pra trás clubes que deveriam, com base na tal justiça, espanar esse quase
intruso. Só que não.Digam o que quiserem, mas só o formulismo dá emoção às
competições. Quem não concorda, que siga bocejando com os pontos corridos e sua
falácia de que “cada jogo é uma decisão”.
2.
Zezinho diz:
Grandíssimo relato, Natan!
A Parte II já está disponível lá no http://impedimento.org/todacancha/2012/11/09/o-verdadeiro-imortal-veste-verde-e-branco-parte-ii/
ResponderExcluirAbraço periquitos!
Natan Dalprá Rodrigues